Entrevista: Ana Paula Zaquia
Entrevista com Ana Zaquia – Mãe do Pedro de 3 anos, dentista especialista em endodontia
(tratamento de canal) e com grande experiência em traumatologia em dente de decíduo
(“batidas” ou “pancadas” em dente de leite) e grávida de 22 semanas.
1 – Como foi descobrir sua segunda gravidez? Você estava
programando ou foi no susto?
Eu quis ter o segundo filho para
fazer companhia para o Pedro.
Ele era único e seus primos (que
moram por perto) têm mais de 20 anos de idade, ou seja, ele está sempre no meio
de adultos. Ele faz atividades e brinca com outras crianças, mas acho a família
muito importante.
2 – E o Pedro? Ele esta com ciúmes ou esta curtindo?
Por enquanto o Pedro está curtindo,
não aparenta ter ciúmes.
(Foto: Pedro beijando a barriga)
3 – Você está enjoando muito? E o que você está fazendo para driblar esses
incômodos?
Como na gravidez do Pedro, passei os 3 primeiros meses enjoada, tomando
suco de limão puro, sorvete de limão,
bastante água com gás, salivando bastante e “dispensando” alguns alimentos .
Agora estou melhor, já passou. UFA! Sei de mães que enjoaram a gravidez toda...
4 – Toda grávida precisa de cuidados extras com a pele e com
o corpo, você está tendo esses cuidados? O que você esta usando para evitar
estrias e o que faz para evitar as famosas manchas na pele?
Paty, não deveria dizer isso,
afinal, como dentista, peço que as pacientes tenham alguns cuidados e espero
que elas o façam, mas não estou tendo muitos cuidados não.
Também não tive na primeira gravidez
e acho que estou “livre” disso, mas sei que não é bem assim... Eu tive sorte,
na gravidez do Pedro engordei 7 kilos . Tomara que a sorte não me abandone! Vou
me esforçar para, pelo menos usar um hidrante corporal.
5 - Vem um menininho por aí! Como foi saber que estava
esperando outro garotão?
Claro que se fosse uma menina eu
também ia gostar, mas eu queria um companheiro para o Pedro, e saber que é
outro menino me deixou muito feliz.
As pessoas que me conhecem dizem que
não me imaginam como mãe de menina, por eu não ser tão vaidosa. Acho que eu
também penso assim. Adorei ser mãe de menino.
6 – E o nome? Vocês já escolheram?
Tudo indica que será Arthur, mas
podemos mudar.
O Pedro, no início, queria Gabriel,
mas meu marido Eduardo o convenceu a mudar para Arthur.
(foto: Pedro, marido Eduardo e a Ana)
7 – Fico imaginando sua mãe e seu pai virando avós novamente,
que alegria e emoção! A família está louca com a chegada de mais um bebê?
Sim, eles insistiram muito para um
segundo filho. Estão todos ansiosos.
Minha mãe me ajuda muito com o Pedro
e adora. Sei que posso contar com eles para continuar a trabalhar e tal. Devo
muito a eles...
8 – Sobre seu trabalho, você mudou a rotina por causa da
gravidez?
Ainda não. Vai mudar no finalzinho
porque a barriga não me deixa chegar perto do paciente e fica difícil.
Na gravidez do Pedro chamei uma amiga
dentista para me ajudar com uma paciente criança. Ela executou o tratamento e
eu a auxiliei pois não conseguia me aproximar da cabeça da paciente.
Quando o Arthur nascer, vou reduzir
o ritmo de trabalho, para amamentar e tal, mas nada de parar. Quero voltar já
na segunda semana. Espero conseguir!
(foto: Ana cuidando do próprio filho)
9- Ana, mudando um pouco o foco da entrevista e falando mais
do seu trabalho, gostaríamos de saber mais sobre Traumatologia em dente decíduo
(de leite). Quando uma criança precisa ser levada em um especialista assim?
Na verdade não é uma especialidade,
geralmente odontopediatras ( dentistas de crianças) fazem cursos para se
aprimorar e conhecer melhor o assunto, já que é tão comum.
As crianças batem a boca muito
frequentemente. Assim que começam a engatinhar o risco aumenta.
Quando andam
então... Nosso coração fica apertado. A cada tombo, temos que nos segurar para
não as assustarmos ainda mais, não é?
O ideal é levar a criança o quanto
antes ao dentista para que a mãe, ou o responsável aprenda a higienizar a boca do bebê desde os
primeiros dias de vida, independentemente de haver batido algum dente ou não.
Quanto ao trauma, se a criança já
conhece o dentista, já deitou na cadeira de dentista, o medo “tende” a ser
menor frente à necessidade de tratamento.
Em geral, a mãe, ou o responsável, deve
procurar o odontopediatra ou o dentista de sua confiança assim que a criança
bate a boca. Não importa se não sangrou, se “aparentemente” não houve nada. O
dentista deve avaliar e orientar quanto aos cuidados e quanto ao controle
radiográfico do dente de leite e do dente permanente que está se formando,
dentro do osso e atrás da raiz do dente de leite.
10- Qual a idade ou até meses, as mães precisam se preocupar
com a saúde bucal dos filhos?
SEMPRE. Mesmo não havendo dente
visível na boca, eles estão dentro da gengiva, terminando de se formar para que
possam “aparecer”. Então, uma batida na boca pode prejudicar, até mesmo, os
dentes que ainda não apareceram. Sem
contar que cáries podem ocorrem com leite materno. Higienização da boca e dos
dentes do bebê são cuidados essenciais.
Quando crescem, a tarefa fica mais
difícil. Não querem escovar e não têm coordenação motora para fazerem
sozinhos. Um adulto deve SEMPRE
verificar se a higienização está bem feita e caso não esteja, deve executá-la
após a tentativa da criança.
11- Quando começam a nascer os dentinhos do bebê, geralmente
por volta dos 5 ou 6 meses, já é necessário uma escovação?
Antes mesmo do surgimento deles na
boca. Criando-se o hábito, a criança
permitirá a realização da higienização mais facilmente. Quanto mais crescida
ela for, a tendência será de dificultar o trabalho do responsável. Se tiver
batido a boca, a higiene é importantíssima para uma boa cicatrização.
Para higienizar a boca do
recém-nascido deve-se enrolar uma gaze no dedo do adulto (de preferência o
dedinho e com unha bem curtinha para não machucar) e umedecê-la em água, filtrada ou fervida, pura, ou com
uma “pitadinha” de bicarbonato de sódio (para neutralizar a acidez do leite que
fica depositado na língua e na gengiva) e passar sobre as gengivas , céu da
boca, língua e bochechas.
O Pedro gostava. Claro que tinha
dias que era um chororô, mas eu fazia mesmo assim... Brigando com opiniões
contrárias, mas fazia mesmo assim!
Ana, muito obrigada por nos contar um pouco do seu trabalho,
e pela linda entrevista sobre sua gravidez.
Aqui meninas o endereço e telefone da clinica da Ana, ela é uma querida e tem muuuuiitaaa paciência com os pequenos.
(o que é super importante né?)
(o que é super importante né?)
Consultório Ana Zaquia
Avenida São Gabriel, 201 cj 607 São Paulo
Telefone: 11 3804-2345
consultório@anazaquia.com
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